terça-feira, 28 de junho de 2011

Blog do Rick

Eu prometi a muitas pessoas ao longo dos anos que ia postar uma foto minha em meus dias de cantor de folk rock. Bem, lá vai: a última imagem. Não, esse não é Tony Orlando. Esse sou eu, por volta de 1983. Este é meu cabelo de verdade, e esse é o meu bigode fino.

O que me levou a postar isso agora? Ontem à noite, Becky e eu fomos a um concerto de Lyle Lovett e John Hiatt no teatro Majestic, aqui em San Antonio, que trouxe de volta muitas memórias. Na década de 1980, quando eu estava na faculdade, eu brevemente deixei de lado meu sonho de ser escritor e me concentrei na música. Dois dos meus amigos de faculdade e eu formamos um trio de folk rock e começamos a tocar pelo sul do Texas. Eu escrevi algumas músicas originais, mas na maior parte nós fizemos covers de Bob Dylan, Rolling Stones, Neil Young, Beatles… Bem, você provavelmente pode dizer que tipo de música tocávamos apenas vendo o meu cabelo.

De qualquer forma, um dos nossos primeiras shows foi no Restaurante Grins, em San Marcos. O proprietário, Johnny, também tinha dado uma pausa para os então desconhecidos artistas Robert Earl Keen e Lyle Lovett. No concerto de ontem à noite, Lyle Lovett falou sobre seus dias na Grins, e isso me fez sorrir. Felizmente para o mundo, Lyle Lovett prosseguiu grandioso na indústria musical. Assim como, felizmente para o mundo, minha banda não. Porém, começamos no mesmo lugar. De fato, nossa audição no Grins aconteceu em uma noite em que um amigo de Lyle, Robert Earl Keen estava tocando. Fizemos as malas do lugar com os nossos colegas. Durante o intervalo de uma das bandas, Robert Earl usou seu sistema de som. Tocamos algumas músicas, nossos amigos aplaudiram freneticamente, e depois saímos, junto com a maioria das pessoas no restaurante. Tenho certeza que Robert Earl não estava satisfeito. Então, novamente, ele continuou a carreira de muito sucesso com o Lyle, ao contrário da nossa banda!

Nossa banda tocou por vários anos, e enquanto não estávamos muito populares, nós tivemos alguns bons momentos. Ganhei dinheiro bastante para evitar um dia de trabalho na faculdade. Quando me tornei um professor, percebi logo que shows noturnos e ensinar de manhã cedo não se misturam bem. Eu desisti de tocar, embora a música permanecesse importante para mim. Voltei minha atenção para meu outro sonho – escrever livros – mas mesmo agora, enquanto escrevo isto, meu Martin D-45 está sentado próximo a mim, e eu frequentemente o pego e toco um som dos velhos tempos.

Desde a década de 1980, Lyle Lovett foi um dos músicos que forneceu uma trilha sonora para nossas vidas. Becky e eu o vimos no Gruene Hall muito cedo em sua carreira, quando ele lançou sua Large Band. Nós o vimos na década de 1990, quando estávamos vivendo na área da baía de São Francisco, e sua música aliviava nossa saudade do Texas. Agora que nós voltamos para casa em San Antonio, o vendo ontem à noite me senti como fechando um ciclo. Vou parafrasear minha frase favorita dele no concerto: "Quando eu era criança em Houston, eu queria ser um músico, mas 'inventar coisas' não era um trabalho real de onde eu vim. Graças a todos vocês (o público), tornou-se um." Posso me relacionar com isso! Estou agradecido por ter feito uma carreira contando histórias – e é graças aos meus leitores.

Por isso, pareceu à hora certa para olhar para trás, a minha foto de publicidade folk rock da década de 1980. Aquele cara com o cabelo estranho… Ele não tem ideia do quão louco o rumo que sua vida iria tomar. Ele não se tornará uma estrela do rock – graças a Deus – mas ele irá conseguir fazer duas outras coisas que ele sempre sonhou: se tornar um professor bem sucedido, e tornar-se um autor publicado. Ele não acreditaria se eu dissesse o quão bem os seus livros serão recebidos. Então assim, obrigado, Lyle Lovett, por me lembrar o quão grande uma viagem nas últimas três décadas têm sido, e como tenho sorte por estar fazendo a coisa para uma vida!


Fonte: Myth & Mystery Blog
Tradução: Gerson Tavares (Percy Jackson BR)

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