domingo, 28 de março de 2010

Entrevista com Chris Columbus

  Em entrevista ao Screen Star, Columbus explica o motivo de dirigir outra franquia fantasia, diz que se pega evitando repetir algo que já fez em Potter, cita a diferença dos efeitos visuais, diz que pode continuar na franquia Percy Jackson, conta uma cena deletada do filme, e explica a sensação de ver Harry Potter à distância.
Você provavelmente teve que pensar longa e duramente sobre fazer Percy Jackson, uma vez que ele imita seu trabalho anterior nos filmes Potter. Então, por que isso? Por que dirigir outro filme épico de aventura-fantasia?
Eu tinha que ficar realmente intrigado com a história, e fiquei. Quando o li (“o” sendo o primeiro dos livros de Percy Jackson, do autor Rick Riordan), eu nunca tinha visto nada parecido. Você tem as criaturas e as histórias da mitologia grega todas interligadas com a sociedade americana moderna. Pensei “Uau, essa é uma boa ideia para um filme”. Então senti que eu estaria disposto a jogar dois anos da minha vida no projeto. Foi também uma oportunidade de introduzir o mundo da mitologia grega às crianças de uma forma que não soasse como uma aula de história. É um conceito muito, muito divertido.

Quantas vezes você se pega no set de Percy Jackson dizendo “Não, eu fiz isso em Potter. Não posso fazer de novo.”?
Ah, sim, sim, sim. Em certa medida, se sinto que há algumas semelhanças – porque as pessoas sempre fazem a pergunta -, eu realmente tento arduamente retirá-las do filme. Eu realmente não quero as comparações, mas as comparações, quando você está fazendo alguma coisa no gênero fantasia, são inevitáveis. Toda vez que vi alguma armadilha, nós a tiramos de perto.

Como você diria que a tecnologia de efeitos visuais evoluiu dos seus filmes Potter para Percy Jackson?
Quando fiz o primeiro filme Potter, eu saí dele realmente nada contente com os efeitos visuais, e sabia que eles poderiam ser melhores. Então, na época que fizemos o segundo e terceiro filmes [Columbus produziu Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban], eles foram ficando melhores. Agora, eu sabia que nós estávamos em uma situação onde poderíamos entregá-lo com o estado da arte de efeitos visuais para essas criaturas sem cortes. Novamente, para as crianças, elas nunca tiveram uma chance de vê-los feitos com o nível de tecnologia que temos hoje.

O que você tem em mente se esse primeiro filme de Percy Jackson for um sucesso? Você vai dirigir o próximo? Vai continuar próximo na posição de produtor e virar a cadeira de diretor para outra pessoa?
Honestamente, eu não quero amaldiçoar essa franquia. Mas, se tivermos sorte, se o filme for bem sucedido o suficiente, eu adoraria fazer um segundo.

Qual foi a última cena que você cortou de Percy Jackson e quais são as chances de que essa cena vá aparecer no DVD quando chegar a hora?
Há uma cena, e eu posso não colocá-la no DVD porque talvez a use para outro filme (do Percy Jackson). Então, estou muito cauteloso. Há uma cena onde Grover (Brandon T. Jackson) está falando sobre o porque dele ter falhado como um protetor. É uma cena muito triste, mas apenas em termos de ritmo ela não era apropriada para esse filme.
  
O quão estranho é agora, para você, dar início a uma nova franquia com Percy Jackson assim    como a franquia Potter, que você começou a trabalhar há mais de uma década e está chegando ao fim?
Toda vez que eu vejo um filme Potter é sempre agridoce para mim. Eu estou assistindo-os aqui na América, sabendo que eles foram feitos na Inglaterra, e estou vendo essas crianças que conheço (Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint, os quais ele ajudou a escalar) crescerem e se tornarem atores realmente maravilhosos. Então é uma coisa estranha. Eu era tão próximo a eles, ao elenco e à equipe técnica. Vi o último filme Potter aqui, nesse cinema, e me senti como um pai distante que não vê seus filhos há um tempo.

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